Maldito tempo.
É phoda, a gente diz que ele passa depressa, mas a gente que espera que ele vá bem devagar pra gente viver cada coisinha...
Não dá pra viver tudo.
Tá passando, tá passando.
Logo logo muda tudo. E aí a famosa pergunta, O que você vai ser quando crescer?
Eu vivo falando, que não quero entrar nessa maldita rotina de chegar em casa as 7 horas da tarde depois de um longo dia de trabalho, sentar no sofá, ver jornal, comer e durmir pra começar tudo de novo no outro dia. Não quero fazer informática, engenharia ou ser médico por que dá dinheiro. Eu quero fazer música, viver escrevendo. Eu quero ser livre, pra mandar quem eu não gosto ir tomar no cu e não ser demitido por causa disso. Quero quebrar as regras, quero viver de verdade enquanto há tempo. Quero rir daqueles nerds que serão gerentes de empresas gigantes e vão ter um ataque cardiaco quando a empresa estiver em crise. Rir de todo mundo que jogou o precioso tempo da cerveja fora pra ficar estudando pra passar num vestibular que te cobra coisas estúpidamente estupidas que você nunca vai usar.
Não, não é assim que a vida funciona. É muito sonho de criança, acreditar que todo mundo vai gostar de suas musicas e você vai viver assim. Ou que vai virar um escritor famoso e não vai mais fazer nada da vida. Quem sabe um diretor de cinema né? Vai lá Spielberg.
Não, eu não vou rir de ninguém. Eles vão rir de mim, que quis pagar o junkie, jogar tudo pro alto, pra chegar lá na frente, trabalhar o mesmo tanto de tempo e ganhar uma miséria.
Ou será que não?
Onde você pode chegar se nem você acredita em seus sonhos? O que fazer quando seus sonhos vão e voltam, vão e voltam?
Não sei, não sei. Não sei o que eu quero ser. Tenho na mente tudo que eu não quero ser. Acho que por hora tá bom demais. Eu sei que vai passar, assim, num supro, mas eu ainda sou bem jovem. E acho que tudo que eu quero fazer é não pensar em nenhum depois. Ficar horas e horas jogando conversa fora e ouvindo música enquanto dá tempo.
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