Acordar cedo de cabeça cheia e ouvir o álbum que mais consegue tocar fundo em você. Tomar café por costume. Pegar uma carona até um shopping. Comprar uma revista, um café ficar lá alguma tempo. Conseguir rir uma vez no dia ao ler uma revista retratando a banda Fresno como roqueiros revoltados. Pegar a sessão mais barata e vazia no cinema. Sentir seus olhos cheios e nada sincronizados com o filme. Sair do cinema. Outro café, mesma revista. Mil filmes nas prateleiras... Tenho o costume de olhar um por um e quase nunca levar alguma coisa. Comprar algo pra comer mesmo estando sem fome. Ver um amigo quando está quase de noite, só pra dividir a comida e não deixar o dia tão vazio. E daí você volta pra casa caminhando e pensando e pensando...
As vezes é igual uma injeção. Na hora a dor é forte demais e passa rápido. Mas o que mais incomoda mesmo é aquela dorzinha chata que fica durante muito mais tempo.
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