Sabe... Às vezes fico me
perguntando por que diabos abandonamos costumes que nos fazem bem. Então eu
viajo nas possibilidades de resposta, me canso e deixo pra lá. Muito comodismo,
eu sei, mas é assim que eu deixo as coisas acontecerem. Se der dor de cabeça
demais não consigo persistir. Será esse o modo correto de se viver?
Eu tenho jogado fora muitos
neurônios pensando no depois, costume que não faz nada bem. E não tenho escrito
nada, coisa que costumava me fazer bem, mesmo não o fazendo tão assim bem.
Decidi tentar voltar.
Eu vi laços se quebrarem. Vi
castelos de papel desabarem assim como estruturas que pareciam terem sido
construídas com fortes bases se quebrarem. "Todos tem suas próprias
razões" disse Renato Russo, mas quem é obrigado a entendê-las? Sempre há
outros modos, não é? Será? Acho que
estou aprendendo a lidar bem com a confusão.
Vocês já ouviram Goodbye Kiss do
Kassabian? Música fantástica, fora do comum. Minha grande descoberta esse ano.
Sugiro que ouçam. Assim como sugiro que cada um de vocês faça como eu: Entre
junto com Bastian no mundo de Atreiú, da Imperatriz Criança e de Fuchur, e
compreendam o sentido real de Fantasia e seu poder. Falo sobre A História
Sem Fim, um precioso presente de aniversário que recebi de dois
amigos (pobres). Obrigado mesmo, irmãos.
Não vou escrever sobre nada
ruim, nada triste. Deixo apenas uma nota aqui. "Sinto sua falta, meu
grande amigo."
E o quê mais? Ah, sim, desisti
de um curso técnico de fotografia. Da lista de coisas que quero fazer uma está
riscada. Conheci boas pessoas, pessoas legais e pessoas idiotas. Até me
aproximei de idiotas. Talvez tenha sido um preparo para a vida. Vi pela
primeira vez um nível de futilidade quase que insuportável e fiquei triste ao
imaginar quantas pessoas desse tipo existem espalhadas por esse mundo.
Está quente demais e não quero
mais escrever. Acho foi o suficiente, só pra eu ver o quanto gostava disso.
De simplesmente contar algumas coisas rápidas, algumas paradas do caminho que
percorri neste ano que estive longe daqui. É óbvio que isso não é quase nada,
mas é o que me vem a mente agora, e se não estivesse tão quente eu continuaria
a forçar minha memória a se lembrar de mais coisas e escrever, mas outra hora faço
isso.
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