segunda-feira, 4 de julho de 2016

O próximo golpe

A vida tem desses momentos
Em que não há música que possa te salvar
Ou ainda
Não há música que lhe ajude a se afogar
E não há um filme
Ou uma série
Ou um amigo
Ou uma palavra...  

Falta dinheiro
Ou saúde
Ou disposição
Para uma cerveja

Falta calma e
Esperança

E nesses dias, se julga um tolo por
Ter sido um otimista em todos os outros dias

Então se sente conhecedor da verdade
Nua e crua
De que sobre a vida
Não há controle
E que a única forma de sobreviver
É ludibriar nossas mentes

Eu peço aos céus
Que demore
Apenas um pouco mais


O próximo golpe. 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dicas para amanhã.

Importe-se apenas com o que vale pena. Você é o único responsável por alimentar suas paranoias, então quando ver sua mente seguindo essa direção, tente, mas tente com toda a força que tiver, mudar. Tente mudar o foco, olhar por outro ângulo. É uma questão de fotografia. Você aponta sua lente para um pequeno detalhe, dá zoom, distorce a realidade.

Apenas tente pegar leve, e não ter medo. De onde vem esse medo de todo? Quando sentir-se vulnerável, lembre-se que há não problema em se isolar durante algum tempo, mas apenas algum tempo. O mundo está lá fora, e é la que a vida acontece. Deixe as lágrimas cair, pegue esse medo e transforme em coragem. Pegue a baixa autoestima e se apegue a ideia real de que as coisas vão além de sua aparência. E quanto à sua saúde, caso ela se fragilize novamente, apenas pense que são as fases da vida, as condições. Lute.

A melancolia, eu sei que vai te acompanhar. A falta de fé, talvez vá contigo também. A ansiedade da juventude está em ti, não sei se algum dia irá embora.

Eu peço luz. Peço paz, peço sabedoria, pois tem me faltado. Sinto-me hoje um tolo, gastando meus pensamentos em bobeiras, martelando ideias que não vão me levar a lugar algum. Eu poderia estar desenvolvendo um conto, quem sabe um romance, em minha mente, mas me preocupo mais com essas bobeiras. Não gosto do que me tornei. Paranoia, vá embora. Eu quero minha mente leve, e meu coração leve. Quero a leveza que já finge ter, milhões de vezes, mesmo com todas essas paranoias em minha cabeça. Quero poder me orgulhar de mim.

Quero não sentir mais essa angústia.

Se puder seguir o que acha correto, o faça. Provavelmente, não conseguirá. Não é a primeira vez que chegou a essas conclusões, correto? Mas, bem, talvez por insistência, você comece. Alguma hora isso precisa começar, porque bem... Viver em sua mente da maneira que o tem feito até agora, não tem dado nada certo

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O nocaute não tardará


    Talvez, em algum momento da sua vida você tenha vontade abandonar a sua jornada, e é importante nesses dias deitar a cabeça em qualquer canto, refletir sobre a distância que te separa das coisas que você ama e traçar um plano para reduzi-la a pó. Saiba que, caso você seja uma pessoa completamente consciente e prevenida de cada um de seus pequenos atos, esses dias acontecerão diversas e diversas vezes. Ouça suas músicas e leio os seus poetas, mas lembre-se que a arte é tudo aquilo que a vida não pode ser, portanto não se baseie completamente em nada que não seja real. Saiba que parar por um instante para examinar o seu adversário é importante, mas enquanto você estiver parado ele agirá, e caso você não reaja o nocaute não tardará. Nesses dias, talvez você pense "Eu desisto, não me importo". Não deixe as suas mãos cair. Beba, se necessário. Sinta algum vento na cara, tome uma chuva, um banho gelado. Sinta a vida. Dê uma volta pela cidade, encare as luzes. Se canse com a multidão e volte para o seu refúgio. Procure alguma companhia, e não se iluda acreditando que todos estarão de braços abertos para você. E não culpe-os. Quantas companhias você não recusaria hoje? Há dias em que certos sorrisos e vozes e interesses e ladainhas simplesmente não serão aceitos pela sua mente esgotada e cansada. 
  Se permita sonhar. Se permita desistir, mas apenas se for tentar algo, que tê aproxime daquilo que fará o seu coração pulsar, não importa o quão ilógico pareça. Pare, tome um fôlego, levante a sua cabeça e continue a sua jornada. Ande com as próprias pernas, e dessa forma sempre escolherá qual será a próxima parada. 

Guardo assim o meu pessimismo. Faço desse realismo o meu norte, que seguirei... Até quando?  
  

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ansiedade...

  Era uma noite de sexta-feira, mas a minha falta de dinheiro tirava qualquer graça da situação. Quando os bolsos estão vazios, todas as noites são iguais. A cabeça estava cheia e dolorida. Os meus grandes amigos não passariam de carro para me levar para uma grande festa, pois eles não tinham carro, e quase nunca iam à grandes festas. Os menos chegados andavam afastados. Eu acabo me afastando. Nunca sei bem se é um mal ou uma virtude.
  Por volta das nove da noite terminei minha releitura de “Mulheres”. Tentei emendar o meu primeiro de John Fante, mas minha mente não acompanhou outra história. Pensava em tomar um dramim, escovar os dentes e esperar o sono vir. Que deprimente. Deprimente é também a incerteza. Vejam só, a palavra-chave dessa vida é deprimente. Não é à toa que há tristeza e ansiedade em toda parte.


Ansiedade... 

segunda-feira, 18 de março de 2013

As Invejáveis Histórias de Bernardo Bianco


Há milhões de homens nesse mundo. Homens engraçados, tristes, deprimidos, engravatados, malandros, fardados, feios, bonitos, desgraçados, gordos e milhares de outros tipos. Mas, de tempos em tempos, nascem exceções. Homens que nascem para fazer a diferença, a ovelha dourada da família. Homens que você não deve deixar sua mulher chegar perto, pois, certamente, ele irá fode-la. Homens como Bernardo Bianco.


Breve Biografia

  Bernardo Bianco nasceu no dia 29 de fevereiro de 1984. Filho de um mafioso garanhão e de uma mãe gostosa, aprendeu desde cedo a usar sua beleza. Aos seis anos de idade recebia bilhetinhos de garotinhas apaixonadas. Aos doze, conquistou a mulher do professor de Sociologia, e teve sua vida sob  perigo. A mulher, com medo de perder o jovem amante, matou o marido. Continua presa. Voltando a falar sobre Bernardo Bianco... Aos quinze a situação já era caótica. Seus amigos tinha medo de se aproximar, que era o mesmo que pedir para ser ignorado por qualquer ser que use calcinhas. Se o garoto já era assim aos 15, vocês podem imaginar o que houve após comprar seu primeiro carro, não é? Seu porta malas parecia fazer a coleção do Wando de calcinhas parecer coisa de amador. Um garoto que prometeu só se prender a uma mulher após muito ter conhecido da 'vida' e ter encontrado algo que o fizesse sentir seu coração bater mais rápido. Infelizmente, para as mulheres, Bernardo Bianco em um exame peculiar descobriu que sofria de uma doença que fazia seu corpo não produzir adrenalina alguma, ou seja, seu coração nunca batia mais rápido. Hoje é o mais famoso especulador de imóveis do país. Rico. Rico. Rico. Já estampou revistas, jornais, camisetas e outdoors de Sex Shop's. Seu psicólogo diz que ele trata as mulheres como um passatempo, mas que a culpa recai sobre sua beleza e o modo como as próprias mulheres o trataram desde o começo de sua vida.

                 
Episódio 1 - O Diário

  "A escola foi chata bem chata. Duas meninas atrás de mim encheram meu saco, queriam saber qual delas eu achava mais bonita. Respondi que as duas eram muito belas e que seria burrice minha classificar a beleza, que a beleza não deve ser comparada, pois isso só a estraga, beleza é pra ser admirada eu disse à elas. Meu pai me deu essa dica, eu resolvi testar com as meninas . fizeram caras de bobas alegres, sorrindo e inclinando o rosto pro lado. Disse só para fazer o teste mesmo, pois eu sabia muito bem qual era mais bonita. Mas acho que arranjei garotas para escrever por mim na classe de aula. Enquanto isso jogo game-boy. "

  - Quer dizer que você sempre foi mimado assim pelas mulheres?
  - É o que parece - Respondeu Bernardo sem muita paciência. Estava com a cabeça longe. O dever da conquista já havia sido feito, e ele agora era Bernardo Bianco - O blasé.
  - Você vai me ligar?
  - Vamos ver. Quando sobrar um tempo - Não!
  - Eu posso te ligar?
  Alguém buzina
  - Seu taxi chegou.
  - Eu não chamei nenhum taxi.
  - Eu chamei. A gente se vê.
  Bernardo sai.

 Bernardo Bianco tinha um mordomo. Era fã de batman, por isso chamava seu mordomo de Alfred, mas na verdade seu nome era Severino.
  - Alfred!
  - Sim, senhor.
  - Senhor Bernardo Bianco, Alfred, eu gosto de ouvir o som do meu nome. Daria até um bom programa de Rádio. Bernardo... Bianco... Vou tratar de conhecer alguma garota que tenha um cargo alto em alguma rádio de sucesso. O que acha Alfred?
  - Uma boa ideia, senhor Berrrrnarrrrdo Biaaaaanco.
  - Por isso que gosto de você Alfred. Você não mente para mim.
  - As mulheres com quem o senhor sai mentem para o senhor?
  - Senhor o que?
  - Senhor Bernardo Bianco.
  - Não mentem porque não as dou oportunidades Alfred. Aprendi com minha mãe que mulheres são mentirosas. Então eu minto pra elas. Só no começo. Depois sou inteiramente sincero.
  - Entendo senhor... Bernardo Bianco.
  - Escute Alfred... Ontem eu mexi nos meus diários e alguma das empregadas não os guardou em seu devido lugar. Converse com elas, ok? Não gosto de demitir ninguém. É que mulheres são curiosas, Alfred, essa Laura estava os lendo quando sai do banho.
  - Desculpe, mas o nome dela não era Leila, senhor Bernardo Bianco?
  - Alfred, você não precisa dizer meu nome em todas as frases, somente em algumas... Não quero que meu nome se torne enjoativo. Eu entendi Laura, havia tomado um pouco de uísque demais...
  Alfred, digo, Severino, era um mordomo com a paciência comprada por um salário dez vezes maior do que um mordomo de uma família rica normal.
  Bernardo Bianco pensava sobre um programa de rádio, do qual seria protagonista. Só precisava ter dinheiro e conversa para investir. Planejava ter algo grande para contar nos seus próximos diários. Grandes coisas o esperavam. Para saber o que, não percam o próximo episódio de Bernardo... Bianco...
  

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Velhos hábitos


  Sabe... Às vezes fico me perguntando por que diabos abandonamos costumes que nos fazem bem. Então eu viajo nas possibilidades de resposta, me canso e deixo pra lá. Muito comodismo, eu sei, mas é assim que eu deixo as coisas acontecerem. Se der dor de cabeça demais não consigo persistir. Será esse o modo correto de se viver?
  Eu tenho jogado fora muitos neurônios pensando no depois, costume que não faz nada bem. E não tenho escrito nada, coisa que costumava me fazer bem, mesmo não o fazendo tão assim bem. Decidi tentar voltar.
  Eu vi laços se quebrarem. Vi castelos de papel desabarem assim como estruturas que pareciam terem sido construídas com fortes bases se quebrarem. "Todos tem suas próprias razões" disse Renato Russo, mas quem é obrigado a entendê-las? Sempre há outros modos, não é? Será?  Acho que estou aprendendo a lidar bem com a confusão.
  Vocês já ouviram Goodbye Kiss do Kassabian? Música fantástica, fora do comum. Minha grande descoberta esse ano. Sugiro que ouçam. Assim como sugiro que cada um de vocês faça como eu: Entre junto com Bastian no mundo de Atreiú, da Imperatriz Criança e de Fuchur, e compreendam o sentido real de Fantasia e seu poder. Falo sobre A História Sem Fim, um precioso presente de aniversário que recebi de dois amigos (pobres). Obrigado mesmo, irmãos.
  Não vou escrever sobre nada ruim, nada triste. Deixo apenas uma nota aqui. "Sinto sua falta, meu grande amigo."
  E o quê mais? Ah, sim, desisti de um curso técnico de fotografia. Da lista de coisas que quero fazer uma está riscada. Conheci boas pessoas, pessoas legais e pessoas idiotas. Até me aproximei de idiotas. Talvez tenha sido um preparo para a vida. Vi pela primeira vez um nível de futilidade quase que insuportável e fiquei triste ao imaginar quantas pessoas desse tipo existem espalhadas por esse mundo.
  Está quente demais e não quero mais escrever. Acho foi o suficiente, só pra eu ver o quanto gostava disso. De simplesmente contar algumas coisas rápidas, algumas paradas do caminho que percorri neste ano que estive longe daqui. É óbvio que isso não é quase nada, mas é o que me vem a mente agora, e se não estivesse tão quente eu continuaria a forçar minha memória a se lembrar de mais coisas e escrever, mas outra hora faço isso.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Brincadeira de criança

Dois garotos brincavam no parque do condomínio. Os dois com seis anos, filhos de pais bem sucedidos. 
- Vamo brincar de polícia e ladrão? 
- Tá, mas eu vou ser o ladrão. 
- Não, eu vou ser o ladrão! 
- Não discute, eu mando, eu sou o ladrão. 
- Mas eu quero ser o ladrão. 
- Mas quem ter a arma de verdade sou eu. Olha aqui, idiota, eu sou o ladrão. 
- Isso não tem nada a ver, eu quer...